O efeito Anthony Martial

Como teorizado na coluna anterior, Anthony Martial deve cravar titularidade e conquistar a confiança de José Mourinho nessa temporada. Não apenas pela pouca idade de Marcus Rashford ou a ausência de outro ponta-esquerda, mas pelo fator que fizera, antes da chegada de José, o francês ser o goldenboy do ano de 2015: talento notável.

Na pré-temporada dos Estados Unidos, contra o Real Madrid, o jovem francês surpreendeu o setor defensivo dos merengues e protagonizou alguns dribles desconcertantes, com destaque para a impressionante jogada em que passou por Carvajal com invejável habilidade e forneceu uma assistência para Lingard. Ele foi, inclusive, o líder de assistências do nosso elenco na última temporada, mesmo havendo sido reserva em considerável parte dela.

Já na Premier League, Anthony contabiliza 2 gols e uma assistência em dois jogos. Enfatizo o fato de que ele só entrou nas duas partidas após os 70 minutos. Hoje, diante do Swansea, entrou aos 77, construiu a jogada do gol aos 80, de Lukaku, participou do contra-ataque do terceiro tento e ainda deixou sua marca aos 84. Titulares brigariam por tamanha eficiência.

É evidente, portanto, que o efeito Martial, sempre nos retroagindo às suas atuações da season 2015-2016, há de ser um ponto alto da atual temporada. Se o problema da última campanha foi, em geral, a improdutividade ofensiva, aos poucos encontramos as soluções. E um talento como esse poderá, decerto, ser o poder de fogo que faltava à equipe do Special One. Os tempos estão melhorando.

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