A batalha pela reconquista da glória

Qual é a tua, Manchester United? Nós torcedores queremos saber. Qual é o porquê de demorar séculos para engrenar, quando engrena, joga apaticamente? Em alguns anos atrás, esse mesmo time não jogaria assim nunca. Podia vim Chelsea, City, Arsenal ou Liverpool. O United se impunha e ganhava. Além de ganhar, fazia algo que era importantíssimo para o mundo do futebol: JOGAVA!

Os pequeninos, coitados. Não tinham nem chance. Tremiam quando viam um jogador de vermelho ao lado no túnel e desmaiavam quando pisavam no Old Trafford. A que saudades. Sabemos que o futebol modernizou e os investimentos nos clubes de menor expressão passaram a ser algo invejável. Esse processo tornou a Premier League a liga mais disputada do mundo. Alguns têm chances maiores de sagrar como campeões, outros podem conseguir uma vaga na Champions, algo inimaginável em anos atrás (o Southampton que o diga). Mesmo assim, em épocas de vacas obesas, gordas, magras ou até mesmo em épocas de vacas desnutridas, o Manchester United é o Manchester United. Infelizmente, o que vemos hoje é a decadência do respeito e honra com aquele que é grande.

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Intimidadores na propaganda, mansos em campo. Este é o atual time do United.

Nas batalhas de Davi e Golias, os “Davis” da Premier League vem conseguindo algumas pedradas certeiras no Golias vermelho. Algumas derrubam, outras passam perto. Tirando aquele começo esquisito do Manchester, as nossas vitórias em sequência foram contra, queiram ou não, “Davis”. Pelo o que me recordo, vitória sofrida contra West Ham e Everton e um empate chorado contra o West Bromwich. Epa, espera aí. Sofrido? Sim. Até os últimos minutos.

Se o futebol fosse uma guerra medieval, a fortaleza vermelha já estava entrando em ruínas, só esperando a infantaria sinistra de guerreiros do Chelsea (próximo adversário) aparecer e suas catapultas afundar de vez o reino perdido de Manchester. Nossos guerreiros estão caídos. Estão de joelhos há mais de uma temporada. Evans, Young, Valencia, Jones, Carrick, Valencia e principalmente, Van Persie estão com a bandeira branca estendida. O último me da até dó. De cavaleiro principal a bobo da corte. O que o RvP está arrumando nesta temporada é algo risório.

Alguns ainda persistem. Rooney dá o sangue, falha, mas não podemos contestar o seu espírito. De Gea é o que ainda mantêm a muralha em pé. Rafael é o cavaleiro inconstante. Já os novos cavaleiros, não podemos falar muito deles, mas percebemos vontade em mudar a história. Diferentemente do nosso chefe de armas. Oh, pobre “Sir” (ele não é um Sir, foi apenas para contextualizar) Louis van Gaal. Perdido em sua távola, desolado em seus canecos de vinho tinto. Pois bem, desde a perda do verdadeiro SIR, perdemos nosso líder de batalhas. Parece até que perdemos a alma.

Não podemos deixar isso acontecer. Temos que voltar a ser o principal Reino do Velho Continente. Não podemos deixar nenhum “pequeno feudo” atacar nossos muros e sermos totalmente complacentes com o ato. Não podemos ser mais bonzinhos. Temos que voltar a ser o United, o Destruidor. Devemos voltar a conquistar o que nosso, conquistar o que nos foi tomado. Nossos cavaleiros devem ser cavaleiros de verdade. Honrar o seu escudo e a sua espada vermelha. Honrar o terreno sagrado do castelo de Old Trafford.

Não podemos ter dó. O foco principal é esse. Dó é para os fracos e pequenos. Que os nossos cavaleiros possam, enfim, conquistar mais uma vez o seu lugar no trono principal. O exército que apoia o time em todo jogo está preparado, só falta o espírito de guerreiro em nossos herois.

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Os cavaleiros de Old Trafford.

Por Vinícius Toscano
www.mufcbr.com

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